A direcção da Rádio França Internacional (RFI) decidiu encerrar a sua filia portuguesa, a Rádio Europa, antiga Rádio Paris-Lisboa. A ideia de fechar a Rádio Europa já é antiga e recolheu, há um ano, o parecer favorável da Embaixada da França em Portugal, que considera a emissora "sem interesse", segundo disse ao Expresso uma fonte diplomática francesa. Muitos dos seus (poucos) ouvintes insurgem-se contra esta medida acusando o povo português de ser inculto e ignorante.
Este macaco estudou 4 anos em Paris (e viaja frequentemente para outros países) e pode-vos garantir que o insucesso de projectos como este não se devem exclusivamente à ignorância do povo português. Estes projectos fracassam em todo o lado onde não existe massa crítica suficiente. O povo francês (e os demais) é tão ignorante como o nosso (oiçam por exemplo a cheriefm.fr na net e dão-me razão). São é 6 vezes mais do que os portugueses e por isso para cada português esclarecido há 6 franceses esclarecidos (ou seja a audiência da RFI em França é 6 vezes maior do que em Portugal e por isso pode sobreviver). Mas para cada português palerma há também 6 franceses "cons" (basta ver que 25% deles votam na extrema direita de Le Pen). Nos EUA é a mesma coisa só que em vez de multiplicarem por 6, multiplicam por 30 e na China por 130... (de onde é que saiu a Sarah Palin?)
O grande problema dos dias de hoje está na publicidade em doses excessivas (desde os jornais, rádios, televisão, futebol, etc). Para sobreviver é preciso ter dinheiro, para ter dinheiro é preciso ter publicidade, para ter publicidade é preciso ter audiências, para ter audiências há que chegar aos 80% de palermas e por isso passar programas da treta. Este processo é vicioso e quanto mais porcaria passa nos media, mais palermas existem. No dia em que se proibir/condicionar a publicidade acaba o futebol, SICs e TVIs e projectos culturais de alto nível como a RFI podem finalmente vingar e começar a diminuir a percentagem de "cons", que no fundo é o que desejam os mais esclarecidos (mas não os empresários nem os políticos).
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Jacques Brel, já 30 anos!
Jacques Brel morreu faz hoje 30 anos. Grande interprete e grande compositor! Um verdadeiro símbolo do que é ser-se artista de corpo e alma. Vale a pena aprender francês só para compreender as músicas de Brel. Infelizmente nos dias de hoje é difícil encontrar alguém que lhe chegue aos calcanhares. Não vende = não presta, parece ser o mote actual. O velho continente deixou cair os seus artistas de 5 estrelas, e rendeu-se à musica fácil "made in USA". Até no festival da canção já cantam todos em Inglês. Talvez Charles Aznavour seja o último sobrevivente de um tempo em que se valorizava mais a mensagem do que a melodia, mas já tem 84 anos... Por cá o mais parecido que tivemos foi o saudoso Zeca Afonso. O que precisavamos mesmo era de um crash cultural americano (e não financeiro), para que os verdadeiros artistas pudessem novamente surgir. O autor de clássicos como "Ne me quitte pas" ou "Amsterdam" desapareceu há três décadas, mas a sua obra continua bem viva na memória de muitos...
Ne me quitte pas (legendas em Português)
Amsterdam (legendas em Inglês)
Les Vieux (legendas em Inglês)
Ne me quitte pas (legendas em Português)
Amsterdam (legendas em Inglês)
Les Vieux (legendas em Inglês)
segunda-feira, 14 de abril de 2008
Ponte Chelas-Montijo-Barreiro

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domingo, 23 de março de 2008
Taça da Liga

O Vitória de Setúbal venceu a primeira edição da Taça da Liga. O Macaco Curioso congratula-se que o vencedor tenha sido um clube diferente dos três que dominam o futebol português, em nome da competitividade que é a alma do desporto.
A Taça da Liga tem tudo para ser uma competição de grande nível, mas os dirigentes desportivos fazem tudo para a estragar. O modelo vigente este ano foi assustador. Para o ano já se anunciam alterações, e embora julgue que vão melhorar um pouco o interesse na prova, continuam a ser péssimas. O que leva espectadores aos estádio é a incerteza do resultado. Assim sendo, uma prova com formato de taça tem sempre mais sucesso que uma prova em formato de campeonato. Um agrupamento de equipas numa fase inicial serve para triar as melhores das piores, mas a partir daí o que se quer é o "mata-mata". Não é por acaso que este é o modelo dos campeonatos da Europa, do Mundo e Liga dos Campeões, que tanto sucesso fazem.
Este ano em vez de meias-finais houve um grupo de 4 equipas: o resultado foi péssimo como se viu. Para o ano já vai haver meias-finais, mas em vez de quartos de final, vai haver novamente fase de grupos. Num grupo de 4 só se vai qualificar o primeiro (e eventualmente o melhor 2º), o que é muito mau para a competitividade: se uma equipa tem o azar de perder o primeiro jogo, fica logo praticamente eliminada. Os restantes 2 jogos a realizar servirão apenas para cumprir calendário...
Vejamos então o modelo ideal para esta prova:
1ª eliminatória: tal como será no próximo ano, as equipas da Liga de Honra defrontam-se entre si em duas mãos. Devem-se aplicar as mesmas regras da UEFA, i.e., um golo fora vale por dois. Em caso de empate no fim dos 90 min., pode haver penaltis sem prolongamento.
2ª eliminatória: os 8 vencedores da 1ª eliminatória defrontam os 8 piores classificados da SuperLiga do ano anterior numa eliminatória a duas mãos com a mesma regra da 1ª eliminatória.
Fase de Grupos: os 8 vencedores anteriores juntam-se aos melhores 8 classificados do ano anterior da SuperLiga e formam 4 grupos de 4. Em cada grupo devem ficar 2 equipas vindas da 2ª eliminatória, 1 equipa da SuperLiga classificada entre o 8º e o 5º lugar e 1 equipa da SuperLiga classificada entre os 4 primeiros (num ano normal isto fará com que os 3 grandes fiquem presentes em grupos diferentes, tal como acontece com os cabeças de série nas competições da UEFA). Nesta fase as equipas defrontam-se apenas uma vez, num total de 3 jogos. Os dois melhores classificados de cada grupo, passam à fase seguinte, num total de 8 equipas.
Quartos-final: o 2º classificado de cada grupo joga com o 1º classificado de outro grupo, sem sorteio, numa eliminatória a duas mãos com as mesmas regras da 1ª e da 2ª eliminatória. Os vencedores dos grupos realizam a 2ª mão em casa, tal como acontece na Champions League. Exemplo:
1: 2ºA vs 1º B
2: 2ºB vs 1º A
3: 2ºC vs 1º D
4: 2ºD vs 1º C
Meias-finais: mais uma eliminatória a duas mãos. Com uma particularidade, não deve haver sorteio. O vencedor do jogo 1 joga com o vencedor do jogo 3 e o vencedor do jogo 2 joga com o vencedor do jogo 4. Isto para evitar que equipas que estiveram no mesmo grupo se voltem a cruzar nas meias-finais.
Final: jogo apenas a uma mão tal como a edição deste ano. Mas com duas diferenças substanciais: se no fim dos 90 min. houver empate, então deve jogar-se um prolongamento de 30 min. Uma final sem um prolongamento não é uma verdadeira final. Nas eliminatórias anteriores estou de acordo que não haja prolongamento, mas não na final. A outra diferença é que o vencedor da Taça da Liga devia ter presença garantida na Taça UEFA do ano seguinte. Esta prova é mais exigente que a Taça de Portugal, se uma dá UEFA a outra também devia dar. Mas atenção, a UEFA é só para o vencedor. Se o vencedor já tiver lugar na UEFA ou na Liga dos Campeões por via do campeonato, o finalista vencido NÃO deve ocupar a vaga em aberto, como acontece actualmente com a Taça de Portugal.
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sábado, 22 de março de 2008
Indisciplina nas escolas
O Macaco Curioso tem tentado evitar pronunciar-se sobre o estado actual do ensino português, pois são já demasiadas as vozes que opinam sobre este assunto, sem que daí provenham consequências práticas. Porém, os recentes acontecimentos desta semana, põem a nu muito do que vai mal e obrigam a uma reflexão.
Governo após governo tentam resolver o problema do insucesso escolar em Portugal e parece que as únicas consequências ao fim de tantos anos de democracia é uma vulgarização do papel do professor e um aumento significativo da violência. Procuram-se implementar reformas, modelos mais funcionais, mas todos sabemos que fica tudo na teoria e na prática a situação no terreno vai-se agravando. Parece até que o problema do ensino em Portugal é uma espécie de quadratura do círculo.
A questão que eu aqui gostaria de deixar é a seguinte: porque é que se tenta inventar, quando em Portugal já existe desde há muitos anos um sistema de ensino que funciona bem, onde professores e alunos se respeitam e estes últimos obtêm bom aproveitamento? Estou a falar obviamente do ensino particular. Se este tipo de ensino tem tão bons resultados, porque não se implementa nas escolas públicas o mesmo modelo das escolas particulares? Será por lobby destas instituições privadas? O Macaco Curioso sente-se perfeitamente confortável para opinar sobre este assunto, pois durante a sua infância frequentou até ao final do 6º ano um Colégio da região de Lisboa, seguindo-se uma escola oficial até ao final do 12º ano.
Vejamos então as diferenças:
- Qualidade dos alunos: é falso dizer que os alunos do particular têm pais mais esclarecidos que os ajudam em casa. Obviamente que famílias mais humildes não têm condições para oferecer aos filhos um colégio ou mesmo um explicador, mas também há muito filho de papá rico em escolas oficiais. Por outro lado, nos colégios proliferam ainda filhos de pais divorciados, filhos de pais ausentes (empresários, pilotos e hospedeiras) ou de pais super ocupados (médicos, juízes, etc), que como tal despacham literalmente os filhos para os colégios e assim se demitem das suas funções de educadores.
- Qualidade dos professores: é igualmente totalmente falsa a ideia de que os professores dos colégios são melhores que os das escolas do estado. Os melhores professores com quem tive o prazer de ter aulas (e são vários) foram todos sem excepção durante o período que frequentei a escola oficial. O problema é que os piores também! É frequente os professores dos colégios acumularem a actividade lectiva com uma escola do estado: são mais bem pagos no estado, a progressão na carreira é mais rápida e não correm o risco de ficar desempregados se o colégio fechar. Em consequência disso falta-lhes muitas vezes tempo para acompanhar os alunos devidamente, pensam mais no dinheiro do que na educação dos miúdos, ao contrário do que acontece com os melhores professores exclusivamente do ensino público. A diferença substancial está ao nível dos piores professores. Pessoas sem vocação para ensinar, professores com currículos medíocres ou com problemas pessoais não têm lugar em escolas privadas. Infelizmente proliferam nas públicas, ajudando a denegrir a imagem dos bons professores que lá existem.
- Disciplina: esta é no meu entender a grande diferença entre o ensino público e o privado. No público se um aluno perturbar a aula, o pior que lhe pode acontecer é ser posto na rua. Ora, isso é exactamente o que muitos deles querem: enervar o professor, e sair da aula mais cedo para poder ir para o café ou jogar à bola. Como bónus recebem ainda a admiração e respeito dos colegas por ousarem desafiar os professores. Num colégio não é bem assim: existe um funcionário na escola (em geral um psicólogo de formação), apelidado de chefe da disciplina, cuja única função é gerir e ministrar os castigos apropriados para cada tipo de infracção. Num colégio, um aluno ser posto fora da aula torna-se um pesadelo para ele: o castigo pode variar entre um simples raspanete, passar por umas reguadas, ou culminar em algo de mais grave. Lembro-me que no meu colégio o castigo supremo (para reincidentes) era passarem o fim-de-semana na escola. Em vez de ficarem em casa a ver televisão ou a brincar, os alunos eram obrigados a apresentarem-se no colégio ao Sábado e Domingo para ficarem fechados numa sala de aula com um vigilante e eram obrigados a estudar! Regra geral, passar um único Sábado no colégio era suficiente para que o aluno mostrasse uma melhor conduta na sala de aula a partir daí.
- Regras: para ser chamado ao chefe de disciplina, não era preciso ser posto na rua pelo professor por estar a perturbar uma aula. Há um conjunto de regras pré-establecidas, que a serem infringidas levavam imediatamente a uma penalização. Faltas de material, não trazer os trabalhos de casa feitos ou levar o telemóvel ligado para as aulas são só alguns exemplos. Também nos recreios os alunos têm de cumprir as regras. Agredir ou roubar um colega pode ter como consequência perder um Sábado a estudar no colégio.
- Acompanhamento: outra grande diferença entre o oficial e o particular reside na ocupação dos tempos livres. No ensino público tinha aulas na parte da manhã ou da tarde, sendo o restante tempo ocupado como quisesse. No meu caso ia para casa e tinha actividades desportivas, mas havia muitos colegas meus que ocupavam o tempo livre na "vadiagem". No colégio entrava sempre às 8h e saia às 18h. Ia uma carrinha buscar-me a casa e outra deixar-me lá. As aulas acabavam sempre às 16h30 e até às 18h o tempo era ocupado numa sala de estudo, onde um vigilante nos obrigava a fazer os trabalhos de casa desse dia.
Governo após governo tentam resolver o problema do insucesso escolar em Portugal e parece que as únicas consequências ao fim de tantos anos de democracia é uma vulgarização do papel do professor e um aumento significativo da violência. Procuram-se implementar reformas, modelos mais funcionais, mas todos sabemos que fica tudo na teoria e na prática a situação no terreno vai-se agravando. Parece até que o problema do ensino em Portugal é uma espécie de quadratura do círculo.
A questão que eu aqui gostaria de deixar é a seguinte: porque é que se tenta inventar, quando em Portugal já existe desde há muitos anos um sistema de ensino que funciona bem, onde professores e alunos se respeitam e estes últimos obtêm bom aproveitamento? Estou a falar obviamente do ensino particular. Se este tipo de ensino tem tão bons resultados, porque não se implementa nas escolas públicas o mesmo modelo das escolas particulares? Será por lobby destas instituições privadas? O Macaco Curioso sente-se perfeitamente confortável para opinar sobre este assunto, pois durante a sua infância frequentou até ao final do 6º ano um Colégio da região de Lisboa, seguindo-se uma escola oficial até ao final do 12º ano.
Vejamos então as diferenças:
- Qualidade dos alunos: é falso dizer que os alunos do particular têm pais mais esclarecidos que os ajudam em casa. Obviamente que famílias mais humildes não têm condições para oferecer aos filhos um colégio ou mesmo um explicador, mas também há muito filho de papá rico em escolas oficiais. Por outro lado, nos colégios proliferam ainda filhos de pais divorciados, filhos de pais ausentes (empresários, pilotos e hospedeiras) ou de pais super ocupados (médicos, juízes, etc), que como tal despacham literalmente os filhos para os colégios e assim se demitem das suas funções de educadores.
- Qualidade dos professores: é igualmente totalmente falsa a ideia de que os professores dos colégios são melhores que os das escolas do estado. Os melhores professores com quem tive o prazer de ter aulas (e são vários) foram todos sem excepção durante o período que frequentei a escola oficial. O problema é que os piores também! É frequente os professores dos colégios acumularem a actividade lectiva com uma escola do estado: são mais bem pagos no estado, a progressão na carreira é mais rápida e não correm o risco de ficar desempregados se o colégio fechar. Em consequência disso falta-lhes muitas vezes tempo para acompanhar os alunos devidamente, pensam mais no dinheiro do que na educação dos miúdos, ao contrário do que acontece com os melhores professores exclusivamente do ensino público. A diferença substancial está ao nível dos piores professores. Pessoas sem vocação para ensinar, professores com currículos medíocres ou com problemas pessoais não têm lugar em escolas privadas. Infelizmente proliferam nas públicas, ajudando a denegrir a imagem dos bons professores que lá existem.
- Disciplina: esta é no meu entender a grande diferença entre o ensino público e o privado. No público se um aluno perturbar a aula, o pior que lhe pode acontecer é ser posto na rua. Ora, isso é exactamente o que muitos deles querem: enervar o professor, e sair da aula mais cedo para poder ir para o café ou jogar à bola. Como bónus recebem ainda a admiração e respeito dos colegas por ousarem desafiar os professores. Num colégio não é bem assim: existe um funcionário na escola (em geral um psicólogo de formação), apelidado de chefe da disciplina, cuja única função é gerir e ministrar os castigos apropriados para cada tipo de infracção. Num colégio, um aluno ser posto fora da aula torna-se um pesadelo para ele: o castigo pode variar entre um simples raspanete, passar por umas reguadas, ou culminar em algo de mais grave. Lembro-me que no meu colégio o castigo supremo (para reincidentes) era passarem o fim-de-semana na escola. Em vez de ficarem em casa a ver televisão ou a brincar, os alunos eram obrigados a apresentarem-se no colégio ao Sábado e Domingo para ficarem fechados numa sala de aula com um vigilante e eram obrigados a estudar! Regra geral, passar um único Sábado no colégio era suficiente para que o aluno mostrasse uma melhor conduta na sala de aula a partir daí.
- Regras: para ser chamado ao chefe de disciplina, não era preciso ser posto na rua pelo professor por estar a perturbar uma aula. Há um conjunto de regras pré-establecidas, que a serem infringidas levavam imediatamente a uma penalização. Faltas de material, não trazer os trabalhos de casa feitos ou levar o telemóvel ligado para as aulas são só alguns exemplos. Também nos recreios os alunos têm de cumprir as regras. Agredir ou roubar um colega pode ter como consequência perder um Sábado a estudar no colégio.
- Acompanhamento: outra grande diferença entre o oficial e o particular reside na ocupação dos tempos livres. No ensino público tinha aulas na parte da manhã ou da tarde, sendo o restante tempo ocupado como quisesse. No meu caso ia para casa e tinha actividades desportivas, mas havia muitos colegas meus que ocupavam o tempo livre na "vadiagem". No colégio entrava sempre às 8h e saia às 18h. Ia uma carrinha buscar-me a casa e outra deixar-me lá. As aulas acabavam sempre às 16h30 e até às 18h o tempo era ocupado numa sala de estudo, onde um vigilante nos obrigava a fazer os trabalhos de casa desse dia.
quarta-feira, 19 de março de 2008
Arthur C. Clark (1917-2008)

Mas foi muito mais do que isso. Tal como Júlio Verne, muitas das suas obras anteciparam realmente o futuro. Juntamente com Carl Sagan, Isaac Asimov e Frank Herbert (entre muitos outros), foram os seus livros que levaram muitos jovens a enveredar os seus estudos por áreas ligadas às engenharias, ciências e tecnologias.
A humanidade está de luto. Perdeu um dos seus poucos representantes que se podia considerar já ter feito a evolução a partir do macaco. Era uma espécie de guru para muitas pessoas, um escritor que faz sonhar que é possível construir um mundo melhor para todos, embora poucos tenham tido capacidade para entende-lo... assim como o monolito.
Uma das suas mais famosas frases está escrita em "Perfis do Futuro", um livro que escreveu em 1962: "Quando um distinto mas idoso cientista diz que algo é possível, está provavelmente certo. Quando diz que algo é impossível, está provavelmente errado". Deixa ainda a Fundação Arthur C. Clarke, com o objectivo de estimular o uso da ciência para melhorar a qualidade de vida das pessoas, bem como fomentar a divulgação científica por forma a que todos possam compreender e participar na evolução da humanidade.
Obrigado Arthur.
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domingo, 16 de março de 2008
Violência no Tibete

sábado, 15 de março de 2008
SOS d'un terrien en détresse
"SOS de um terrestre em desespero" é o título de uma canção interpretada por Daniel Balavoine para a ópera moderna "Starmania", composta por Michel Berger. Michel Berger (1947-1992) foi um dos maiores génios da música francesa do século passado, compondo músicas para diversos artistas, entre eles a sua mulher, a conhecida cantora France Gall. Infelizmente, Berger desapareceu prematuramente depois de sofrer um ataque cardiaco quando tinha apenas 44 anos.
Daniel Balavoine (1952-1986) era cantor e activista político, foi um artista irreverente que animou a vida política francesa durante as décadas de 70 e 80. Em 1980 ficou célebre um debate em directo durante o Telejornal, onde Daniel acusa o então Presidente da República, François Mitterrand, de ser um hipócrita e de o deixar a falar sozinho [ver debate][ver retrospectiva]. Desapareceu igualmente prematuramente num acidente de helicóptero, quando andava a ajudar a abrir poços de água no Mali durante o Paris-Dakkar. Tinha 33 anos... São também várias as músicas de Balavoine de grande qualidade, mas hoje destaco esta que encarna bem a angustia de quem vive os tempos modernos.
SOS d'un terrien en détresse, Daniel Balavoine.
Juntamente com a versão original de Balavoine junto ainda uma excelente interpretação do jovem cantor Grégory Lemarchal, durante o concurso televisivo "Academia de Estrelas 2004", versão Francesa. Grégory Lemarchal (1983-2007) tal como Berger e Balavoine viria a desaparecer muito cedo, pouco antes de fazer 24 anos, em resultado de uma doença crónica degenerativa, faz um ano no próximo dia 30 de Abril. Aqui fica então a homenagem merecida a estes três artistas.
SOS d'un terrien en détresse, Grégory Lemarchal.
Para quem não domina o francês, junto a tradução aproximada da letra desta excelente canção:
"Porque será que vivo, porque será que morro?
Porque será que rio, porque será que choro?
Eis aqui o S.O.S.,
De um terrestre em desespero.
Nunca tive os pés bem assentes na Terra,
Gostaria mais de ter sido um pássaro,
Sinto-me mal na minha pele.
Queria ver o mundo ao contrário,
Se por ventura fosse mais bonito,
Mais bonito visto do alto [de cima],
Do alto [de cima].
Sempre confundi a vida,
Com as bandas desenhadas,
Tenho como que desejos de metamorfose,
Sinto alguma coisa,
Que me atrai,
Que me atrai,
Que me atrai para o alto [para cima].
Na grande lotaria do Universo,
Saiu-me um número errado,
Sinto-me mal na minha pele.
Não tenho vontade de ser um robô,
Metro, Trabalho, Dormir(*1).
Porque será que vivo, porque será que morro?
Porque será que rio, porque será que choro?
Acredito captar ondas,
Vindas de um outro mundo...
Nunca tive os pés bem assentes na Terra,
Gostaria mais de ter sido um pássaro,
Sinto-me mal na minha pele.
Queria ver o mundo ao contrário,
Gostaria mais de ter sido um pássaro,
Dorme, bebé, dorme...(*2).
(*1) N.T.: Do original em francês "Metro, boulot, dôdo", que é uma expressão idiomática aplicada aos parisienses, por passarem sempre a vida a correr entre casa e o trabalho com o metro pelo meio. Significa que a vida dos parisienses se resume a essa monotonia e que passa por eles como se fossem robots.
(*2) N.T.: Do original em francês "Dodo, l'enfant, do", que é uma expressão muito utilizada nas canções de embalar para crianças. As canções de embalar terminam geralmente por esta expressão, donde se depreende que Michel Berger transforma esta letra num sonho para as crianças "adultas" tentarem dormir tranquilas... :-)
Daniel Balavoine (1952-1986) era cantor e activista político, foi um artista irreverente que animou a vida política francesa durante as décadas de 70 e 80. Em 1980 ficou célebre um debate em directo durante o Telejornal, onde Daniel acusa o então Presidente da República, François Mitterrand, de ser um hipócrita e de o deixar a falar sozinho [ver debate][ver retrospectiva]. Desapareceu igualmente prematuramente num acidente de helicóptero, quando andava a ajudar a abrir poços de água no Mali durante o Paris-Dakkar. Tinha 33 anos... São também várias as músicas de Balavoine de grande qualidade, mas hoje destaco esta que encarna bem a angustia de quem vive os tempos modernos.
SOS d'un terrien en détresse, Daniel Balavoine.
Juntamente com a versão original de Balavoine junto ainda uma excelente interpretação do jovem cantor Grégory Lemarchal, durante o concurso televisivo "Academia de Estrelas 2004", versão Francesa. Grégory Lemarchal (1983-2007) tal como Berger e Balavoine viria a desaparecer muito cedo, pouco antes de fazer 24 anos, em resultado de uma doença crónica degenerativa, faz um ano no próximo dia 30 de Abril. Aqui fica então a homenagem merecida a estes três artistas.
SOS d'un terrien en détresse, Grégory Lemarchal.
Para quem não domina o francês, junto a tradução aproximada da letra desta excelente canção:
"Porque será que vivo, porque será que morro?
Porque será que rio, porque será que choro?
Eis aqui o S.O.S.,
De um terrestre em desespero.
Nunca tive os pés bem assentes na Terra,
Gostaria mais de ter sido um pássaro,
Sinto-me mal na minha pele.
Queria ver o mundo ao contrário,
Se por ventura fosse mais bonito,
Mais bonito visto do alto [de cima],
Do alto [de cima].
Sempre confundi a vida,
Com as bandas desenhadas,
Tenho como que desejos de metamorfose,
Sinto alguma coisa,
Que me atrai,
Que me atrai,
Que me atrai para o alto [para cima].
Na grande lotaria do Universo,
Saiu-me um número errado,
Sinto-me mal na minha pele.
Não tenho vontade de ser um robô,
Metro, Trabalho, Dormir(*1).
Porque será que vivo, porque será que morro?
Porque será que rio, porque será que choro?
Acredito captar ondas,
Vindas de um outro mundo...
Nunca tive os pés bem assentes na Terra,
Gostaria mais de ter sido um pássaro,
Sinto-me mal na minha pele.
Queria ver o mundo ao contrário,
Gostaria mais de ter sido um pássaro,
Dorme, bebé, dorme...(*2).
(*1) N.T.: Do original em francês "Metro, boulot, dôdo", que é uma expressão idiomática aplicada aos parisienses, por passarem sempre a vida a correr entre casa e o trabalho com o metro pelo meio. Significa que a vida dos parisienses se resume a essa monotonia e que passa por eles como se fossem robots.
(*2) N.T.: Do original em francês "Dodo, l'enfant, do", que é uma expressão muito utilizada nas canções de embalar para crianças. As canções de embalar terminam geralmente por esta expressão, donde se depreende que Michel Berger transforma esta letra num sonho para as crianças "adultas" tentarem dormir tranquilas... :-)
quinta-feira, 13 de março de 2008
Nem os mais moralistas resistem ao poder da carne...

Conclusão: somos um mundo de macacos governado por pseudo-moralistas. Mais vale assumir de uma vez que somos realmente macacos e comportarmo-nos em conformidade!
quarta-feira, 5 de março de 2008
Continuem a votar neles...
Mas será que ainda há alguém que acredite nas palavras de Telmo Correia? Mas alguém estava à espera que este senhor confessasse o que quer que fosse? Só podia desmentir obviamente, ele e a pandilha que compõe a classe política nos dias de hoje. Telmo Correia até pode estar inocente, mas já ninguém acredita. Será que algum dia vamos ter o prazer de ver um corrupto atrás das grades?...
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008
Aznavour em Portugal
Charles Aznavour vai actuar em Portugal no próximo Sábado dia 23 de Fevereiro, já depois de amanhã. O Macaco Curioso, como bom apreciador de música de grande qualidade, lá vai desembolsar uma nota para poder ver em carne e osso esta lenda viva da música francesa (e também mundial). Aos 84 anos Charles Aznavour parece estar em extrema boa forma e possui uma alegria de vida de fazer inveja a muitos jovens. Para os que têm a infelicidade de não compreender a língua de Molière aqui fica a sugestão: vale bem a pena estudar francês só para poder compreender o alcance de muitas das canções deste homem. Versos sublimes, reflexões profundas sobre a sociedade, visão futurista e realistas histórias de amor, está lá tudo. E claro, sempre acompanhado de uma excelente orquestração e de uma voz fora do vulgar. Para quem não entende francês aqui ficam dois exemplos que encontrei no YouTube com legendas em inglês:
La Bohème (legendas em inglês)
La Mamma (legendas em inglês)
La Bohème (legendas em inglês)
La Mamma (legendas em inglês)
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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
Eclipse da Lua, hoje à noite...


terça-feira, 19 de fevereiro de 2008
Adeus Fidel
Fidel Castro renunciou hoje à presidência de Cuba. Amado por uns e odiado por outros, é sem dúvida mais uma das personagens que deixou o seu cunho muito pessoal no século XX. Até a sua maneira de sair de cena não deixa de ser original: renuncia na plenitude das suas capacidades intelectuais! Não nos podemos esquecer que Cuba é um país minúsculo, inserido numa região conturbada do globo, não é uma China, uma Rússia, uns EUA ou nem mesmo uma Alemanha. Nada faria prever que um líder de um país assim ganhasse tanto protagonismo internacional. Mas ganhou. Ganhou porque lutou ao lado de Che Guevara. Ganhou porque bateu sempre o pé ao capitalismo americano. Ganhou porque conseguiu resistir ao desabamento da União Soviética. No entanto, os custos de todas estas vitórias tiveram um preço demasiado alto a pagar pelo povo cubano. Apesar de terem educação e saúde ao nível dos países mais desenvolvidos (superando mesmo a Rússia, os EUA e Portugal), o povo cubano vive em grande miséria. O país parece que ficou parado no tempo e as pessoas prostituem-se em troco de nadas. Mas pior do que tudo isso, Fidel ganhou fama por ser um dos últimos ditadores a resistir no ocidente. Impôs durante quase 50 anos a sua visão do mundo a 11 milhões de pessoas, não vendo que muitas delas preferem arriscar a vida em embarcações frágeis para fugir à pátria. A todos aqueles que preferiram ficar e combater as suas ideias, Fidel esteve ao nível dos melhores e reprimiu sempre todos com a pena de morte.
Pessoalmente, o Macaco Pensador reconhece que um mundo não capitalista seria bem melhor para todos vivermos. Nesse aspecto partilha um pouco do sonho de Fidel e acredita mesmo que seja possível encontrar alguns cubanos que vivam felizes com o pouco que têm. No entanto, a opção não consumista deve ser uma opção individual de cada um de nós e não pode ser imposta por terceiros. Representa uma evolução da espécie. No dia em que deixarmos de consumir desenfreadamente vão desmoronar-se os impérios dos bancos, Sonaes, EUAs & Co. Num futuro longínquo, quando começarmos a pensar numa lógica de comunidade (como quando vivíamos em tribos nómadas) e não numa lógica egoísta de promoção individual, talvez o sonho cubano se concretize. Nessa altura sim, deixaremos de ser macacos e passaremos a ser humanos.
Os meus votos para que Cuba se democratize depressa, mas que os cubanos não esqueçam que ser pobre é melhor do que ser pobre de espírito.
Pessoalmente, o Macaco Pensador reconhece que um mundo não capitalista seria bem melhor para todos vivermos. Nesse aspecto partilha um pouco do sonho de Fidel e acredita mesmo que seja possível encontrar alguns cubanos que vivam felizes com o pouco que têm. No entanto, a opção não consumista deve ser uma opção individual de cada um de nós e não pode ser imposta por terceiros. Representa uma evolução da espécie. No dia em que deixarmos de consumir desenfreadamente vão desmoronar-se os impérios dos bancos, Sonaes, EUAs & Co. Num futuro longínquo, quando começarmos a pensar numa lógica de comunidade (como quando vivíamos em tribos nómadas) e não numa lógica egoísta de promoção individual, talvez o sonho cubano se concretize. Nessa altura sim, deixaremos de ser macacos e passaremos a ser humanos.
Os meus votos para que Cuba se democratize depressa, mas que os cubanos não esqueçam que ser pobre é melhor do que ser pobre de espírito.
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domingo, 17 de fevereiro de 2008
Indepêndencia do Kosovo
Imagine-se que o nosso bem amado Alentejo, actualmente ameaçado por despovoamento, começava lentamente a ser repovoado com emigrantes vindos, por exemplo, da Ucrânia. Inicialmente eles seriam bem acolhidos, pois seriam vistos como uma esperança para a região. Porém, gradualmente o seu número ia aumentando, quer por virem cada vez mais Ucranianos para o Alentejo, quer por se reproduzirem mais do que os Portugueses que ainda por la tinham ficado. Os Ucranianos começavam a ser cada vez mais poderosos e compravam tudo o que havia para comprar. Começam a transformar igrejas católicas em ortodoxas, e tudo começa a surgir escrito em ucraniano. Em dada altura é legitimo perguntar, estamos no Alentejo português, ou numa província ucraniana controlada por Lisboa? Os ucranianos alentejanos, em larga maioria, reunem-se, resolvem revoltar-se e auto-proclamar a independência do Alentejo, com o apoio dos EUA e da Comunidade Europeia.
Meus caros, isto foi o que sucedeu na Servia. O Kosovo é o berço da nação sérvia (tal como o Minho esta para Portugal), que foi literalmente colonizado por albaneses durante as últimas décadas. A paga que os sérvios recebem por terem acolhido os albaneses em fuga ao regime comunista de Enver Hoxha, é agora verem o seu país ser mutilado. Quais as consequências de um acto tão absurdo? Em meu entender é um péssimo precedente que só vai aumentar os actos de xenofobia pela Europa fora. O que se seguirá? Uma república turca na Alemanha e outra magrebina em Franca? Um estado paquistanês no Reino Unido e outro marroquino em Espanha? O Alentejo ucraniano?... Como é possível a Europa não impedir a independência do Kosovo??? Andamos a brincar ou já se esqueceram todos da 2ª guerra mundial?!!!
Meus caros, isto foi o que sucedeu na Servia. O Kosovo é o berço da nação sérvia (tal como o Minho esta para Portugal), que foi literalmente colonizado por albaneses durante as últimas décadas. A paga que os sérvios recebem por terem acolhido os albaneses em fuga ao regime comunista de Enver Hoxha, é agora verem o seu país ser mutilado. Quais as consequências de um acto tão absurdo? Em meu entender é um péssimo precedente que só vai aumentar os actos de xenofobia pela Europa fora. O que se seguirá? Uma república turca na Alemanha e outra magrebina em Franca? Um estado paquistanês no Reino Unido e outro marroquino em Espanha? O Alentejo ucraniano?... Como é possível a Europa não impedir a independência do Kosovo??? Andamos a brincar ou já se esqueceram todos da 2ª guerra mundial?!!!
sábado, 16 de fevereiro de 2008
Cosmos
E por falar em astronomia, aqui fica uma merecida homenagem ao melhor programa de divulgação de sempre, a série Cosmos, produzida pelo saudoso Carl Sagan. E claro, à relaxante música do genérico, do grande mestre contemporâneo Vangelis.

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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
Mais dois planetas lá em cima...
O macaco curioso, como bom curioso, gosta de astronomia. É mesmo um grande fã de tudo aquilo a que não pode chegar, pois nunca perde o mistério. Cientistas norte-americanos descobriram mais um sistema estelar com dois planetas. Estes parecem ser parecidos com Júpiter e Saturno, apesar de a estrela ser mais pequena que o nosso Sol.
Era uma vez o espaço...
Ver notícia.
Era uma vez o espaço...
Ver notícia.
Ataques a universidades nos EUA
Algo vai mal pelas terras do Uncle Sam. Na passada semana por cinco vezes um jovem atirou a matar numa universidade norte-americana. Independentemente da questão suscitada pelo livre porte de armas, tanta vez já abordada, acho que se impõe uma reflexão mais profunda sobre este assunto. O que leva um jovem a dirigir-se à universidade para matar e suicidar-se de seguida? Porque é que ele não se dirige antes a um supermercado ou ao metropolitano, como fazem os terroristas? Se o objectivo é matar por matar, claramente uma universidade não é o melhor local. Só posso então compreender estas atitudes como gestos vingativos em relação a algo que a universidade e todos aqueles que a frequentam representam. Talvez seja bom tentar entrar na filosofia de vida americana para melhor compreender esta questão: o chamado sonho americano, amplamente divulgado pelos media, consiste na ideia de que somos donos do nosso destino. Todos aqueles que trabalham têm sucesso, e quem é mau aluno na escola está condenado ao fracasso. Ora, atendendo a que a esmagadora maioria dos autores destes ataques sao jovens com mau aproveitamento, é fácil de concluir que na cabeça de muitos deles a ideia de que vão ser uns zeros durante a vida toda ganha força desde muito cedo. Daí à depressão vai um passo muito pequeno, depressão esta que pode levar ao suicídio, arrastando outras vidas inocentes que são vistas como os males todos do mundo. A televisão e os media em geral têm uma grande quota parte de culpa nestes massacres. Não por incentivarem à violência em certos filmes ou jogos de computador, mas porque passam a toda a hora uma imagem floreada da realidade. As personagens dos filmes de Hollywood são todas ricas, bonitas, inteligentes e dotadas, e todos os seus problemas se resolvem no fim, onde os bons vencem os maus. Nesse aspecto, os filmes europeus e asiáticos são bastante mais realistas...
A propósito do sonho americano recomendo a leitura do livro "A ansiedade do Status" de Alain de Botton.
Cinco tiroteios numa semana:
7 de Fevereiro - uma professora ficou gravemente ferida por balas diante dos seus alunos numa escola primária de Portsmouth, Ohio (Norte dos EUA). O autor do atentado, marido da vítima, suicidou-se após breve fuga.
8 de Fevereiro - uma estudante abriu fogo num instituto técnico em Batom Rouge, Luisiana (Sul), matando duas pessoas antes de se suicidar.
11 de Fevereiro - um estudante do liceu ficou gravemente ferido por bala na cantina da sua escola em Memphis, Tennessee (Sul), por um dos seus colegas, que foi preso.
12 de Fevereiro - um adolescente de 15 anos ficou gravemente ferido diante de cerca de vinte colegas na sala de aula do liceu em Oxnard, Califórnia, por um outro jovem que empreendeu a fuga mas acabou detido. A vítima morreu no dia seguinte.
15 de Fevereiro - um jovem abre fogo no campus de uma universidade do Illinois (Norte), causando cinco mortes e 18 feridos, dos quais quatro em estado grave, antes de se suicidar.
(in Expresso)
A propósito do sonho americano recomendo a leitura do livro "A ansiedade do Status" de Alain de Botton.
Cinco tiroteios numa semana:
7 de Fevereiro - uma professora ficou gravemente ferida por balas diante dos seus alunos numa escola primária de Portsmouth, Ohio (Norte dos EUA). O autor do atentado, marido da vítima, suicidou-se após breve fuga.
8 de Fevereiro - uma estudante abriu fogo num instituto técnico em Batom Rouge, Luisiana (Sul), matando duas pessoas antes de se suicidar.
11 de Fevereiro - um estudante do liceu ficou gravemente ferido por bala na cantina da sua escola em Memphis, Tennessee (Sul), por um dos seus colegas, que foi preso.
12 de Fevereiro - um adolescente de 15 anos ficou gravemente ferido diante de cerca de vinte colegas na sala de aula do liceu em Oxnard, Califórnia, por um outro jovem que empreendeu a fuga mas acabou detido. A vítima morreu no dia seguinte.
15 de Fevereiro - um jovem abre fogo no campus de uma universidade do Illinois (Norte), causando cinco mortes e 18 feridos, dos quais quatro em estado grave, antes de se suicidar.
(in Expresso)
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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
Notícias tristes vindas de Timor...
Hoje de manhã fui confrontado com os atentados em Timor-Leste. Este tipo de acontecimentos, põem a nu a fragilidade cultural dos habitantes de Timor. Todos nutrimos bastante simpatia por eles, mas temos de reconhecer que infelizmente ainda não estão preparados para uma verdadeira Democracia. Esta doutrina política inventada na Grécia só está ao alcance das civilizações que se auto-impõem este regime. De nada serve exportar este modelo organizativo para sociedades que, em muitos casos, ainda se encontram ao nível de sociedades tribais. Timor não é um caso isolado, muitos países africanos e asiáticos são outro exemplo. Porque insistem então as sociedades ocidentais, mais evoluidas do ponto de vista civilizacional, a persuadirem os outros a adoptar este modelo? Será apenas porque do nosso ponto de vista ocidental este é o melhor modelo de sociedade? Quem não nos garante a nós que outros modelos mais evoluidos que a Democracia surgirão no futuro e aos quais nós também ainda não temos acesso? Cada sociedade deve adoptar o modelo organizativo que acha mais adequado para si própria. De que serviu a invasão do Iraque? Neste momento os iraquianos escolhem os seus governantes, mas vivem mais aterrorizadas do que nunca. Se todos achamos normal que os nossos primos chimpanzés e os orangotangos vivam de acordo com as suas leis, porque não deixamos os outros povos fazer o mesmo? Só posso concluir que as democracias artificiais existentes em certos países só podem beneficiar a terceiros, os culpados do costume, i.e., os macacos capitalistas...
Dakar na Argentina!!!
Francamente, e ainda há quem ache que não somos uma grande cambada de primatas! Parece que agora se vai deslocar a capital do Senegal para a Argentina para se poder fazer aí o mítico rally Dakar... E que tal realizarmos o proximo rally da Madeira nos Açores e o rally de Portugal no Senegal?
Fonte de inspiração...
Eis aqui o mais profundo do nosso ser retratado na sua natureza curiosa... Macaco Curioso.
domingo, 10 de fevereiro de 2008
Macaco Curioso
O Macaco Curioso resolveu finalmente aderir à Blogomania e instalar-se no seu galho. Tenho mais que fazer do que vir para aqui contar a minha vida como a maioria dos outros macacos que por cá andam. O objectivo é mesmo só poder dizer tudo o que me vier à cabeça sem ter de me preocupar se perco o emprego por causa disso. Todos os tipos de assuntos serão discutidos, mas em particular aqueles que preocupam os macacos...
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