domingo, 23 de março de 2008

Taça da Liga


O Vitória de Setúbal venceu a primeira edição da Taça da Liga. O Macaco Curioso congratula-se que o vencedor tenha sido um clube diferente dos três que dominam o futebol português, em nome da competitividade que é a alma do desporto.

A Taça da Liga tem tudo para ser uma competição de grande nível, mas os dirigentes desportivos fazem tudo para a estragar. O modelo vigente este ano foi assustador. Para o ano já se anunciam alterações, e embora julgue que vão melhorar um pouco o interesse na prova, continuam a ser péssimas. O que leva espectadores aos estádio é a incerteza do resultado. Assim sendo, uma prova com formato de taça tem sempre mais sucesso que uma prova em formato de campeonato. Um agrupamento de equipas numa fase inicial serve para triar as melhores das piores, mas a partir daí o que se quer é o "mata-mata". Não é por acaso que este é o modelo dos campeonatos da Europa, do Mundo e Liga dos Campeões, que tanto sucesso fazem.

Este ano em vez de meias-finais houve um grupo de 4 equipas: o resultado foi péssimo como se viu. Para o ano já vai haver meias-finais, mas em vez de quartos de final, vai haver novamente fase de grupos. Num grupo de 4 só se vai qualificar o primeiro (e eventualmente o melhor 2º), o que é muito mau para a competitividade: se uma equipa tem o azar de perder o primeiro jogo, fica logo praticamente eliminada. Os restantes 2 jogos a realizar servirão apenas para cumprir calendário...

Vejamos então o modelo ideal para esta prova:

1ª eliminatória: tal como será no próximo ano, as equipas da Liga de Honra defrontam-se entre si em duas mãos. Devem-se aplicar as mesmas regras da UEFA, i.e., um golo fora vale por dois. Em caso de empate no fim dos 90 min., pode haver penaltis sem prolongamento.

2ª eliminatória: os 8 vencedores da 1ª eliminatória defrontam os 8 piores classificados da SuperLiga do ano anterior numa eliminatória a duas mãos com a mesma regra da 1ª eliminatória.

Fase de Grupos: os 8 vencedores anteriores juntam-se aos melhores 8 classificados do ano anterior da SuperLiga e formam 4 grupos de 4. Em cada grupo devem ficar 2 equipas vindas da 2ª eliminatória, 1 equipa da SuperLiga classificada entre o 8º e o 5º lugar e 1 equipa da SuperLiga classificada entre os 4 primeiros (num ano normal isto fará com que os 3 grandes fiquem presentes em grupos diferentes, tal como acontece com os cabeças de série nas competições da UEFA). Nesta fase as equipas defrontam-se apenas uma vez, num total de 3 jogos. Os dois melhores classificados de cada grupo, passam à fase seguinte, num total de 8 equipas.

Quartos-final: o 2º classificado de cada grupo joga com o 1º classificado de outro grupo, sem sorteio, numa eliminatória a duas mãos com as mesmas regras da 1ª e da 2ª eliminatória. Os vencedores dos grupos realizam a 2ª mão em casa, tal como acontece na Champions League. Exemplo:
1: 2ºA vs 1º B
2: 2ºB vs 1º A
3: 2ºC vs 1º D
4: 2ºD vs 1º C

Meias-finais: mais uma eliminatória a duas mãos. Com uma particularidade, não deve haver sorteio. O vencedor do jogo 1 joga com o vencedor do jogo 3 e o vencedor do jogo 2 joga com o vencedor do jogo 4. Isto para evitar que equipas que estiveram no mesmo grupo se voltem a cruzar nas meias-finais.

Final: jogo apenas a uma mão tal como a edição deste ano. Mas com duas diferenças substanciais: se no fim dos 90 min. houver empate, então deve jogar-se um prolongamento de 30 min. Uma final sem um prolongamento não é uma verdadeira final. Nas eliminatórias anteriores estou de acordo que não haja prolongamento, mas não na final. A outra diferença é que o vencedor da Taça da Liga devia ter presença garantida na Taça UEFA do ano seguinte. Esta prova é mais exigente que a Taça de Portugal, se uma dá UEFA a outra também devia dar. Mas atenção, a UEFA é só para o vencedor. Se o vencedor já tiver lugar na UEFA ou na Liga dos Campeões por via do campeonato, o finalista vencido NÃO deve ocupar a vaga em aberto, como acontece actualmente com a Taça de Portugal.

sábado, 22 de março de 2008

Indisciplina nas escolas

O Macaco Curioso tem tentado evitar pronunciar-se sobre o estado actual do ensino português, pois são já demasiadas as vozes que opinam sobre este assunto, sem que daí provenham consequências práticas. Porém, os recentes acontecimentos desta semana, põem a nu muito do que vai mal e obrigam a uma reflexão.

Governo após governo tentam resolver o problema do insucesso escolar em Portugal e parece que as únicas consequências ao fim de tantos anos de democracia é uma vulgarização do papel do professor e um aumento significativo da violência. Procuram-se implementar reformas, modelos mais funcionais, mas todos sabemos que fica tudo na teoria e na prática a situação no terreno vai-se agravando. Parece até que o problema do ensino em Portugal é uma espécie de quadratura do círculo.

A questão que eu aqui gostaria de deixar é a seguinte: porque é que se tenta inventar, quando em Portugal já existe desde há muitos anos um sistema de ensino que funciona bem, onde professores e alunos se respeitam e estes últimos obtêm bom aproveitamento? Estou a falar obviamente do ensino particular. Se este tipo de ensino tem tão bons resultados, porque não se implementa nas escolas públicas o mesmo modelo das escolas particulares? Será por lobby destas instituições privadas? O Macaco Curioso sente-se perfeitamente confortável para opinar sobre este assunto, pois durante a sua infância frequentou até ao final do 6º ano um Colégio da região de Lisboa, seguindo-se uma escola oficial até ao final do 12º ano.

Vejamos então as diferenças:

- Qualidade dos alunos: é falso dizer que os alunos do particular têm pais mais esclarecidos que os ajudam em casa. Obviamente que famílias mais humildes não têm condições para oferecer aos filhos um colégio ou mesmo um explicador, mas também há muito filho de papá rico em escolas oficiais. Por outro lado, nos colégios proliferam ainda filhos de pais divorciados, filhos de pais ausentes (empresários, pilotos e hospedeiras) ou de pais super ocupados (médicos, juízes, etc), que como tal despacham literalmente os filhos para os colégios e assim se demitem das suas funções de educadores.

- Qualidade dos professores: é igualmente totalmente falsa a ideia de que os professores dos colégios são melhores que os das escolas do estado. Os melhores professores com quem tive o prazer de ter aulas (e são vários) foram todos sem excepção durante o período que frequentei a escola oficial. O problema é que os piores também! É frequente os professores dos colégios acumularem a actividade lectiva com uma escola do estado: são mais bem pagos no estado, a progressão na carreira é mais rápida e não correm o risco de ficar desempregados se o colégio fechar. Em consequência disso falta-lhes muitas vezes tempo para acompanhar os alunos devidamente, pensam mais no dinheiro do que na educação dos miúdos, ao contrário do que acontece com os melhores professores exclusivamente do ensino público. A diferença substancial está ao nível dos piores professores. Pessoas sem vocação para ensinar, professores com currículos medíocres ou com problemas pessoais não têm lugar em escolas privadas. Infelizmente proliferam nas públicas, ajudando a denegrir a imagem dos bons professores que lá existem.

- Disciplina: esta é no meu entender a grande diferença entre o ensino público e o privado. No público se um aluno perturbar a aula, o pior que lhe pode acontecer é ser posto na rua. Ora, isso é exactamente o que muitos deles querem: enervar o professor, e sair da aula mais cedo para poder ir para o café ou jogar à bola. Como bónus recebem ainda a admiração e respeito dos colegas por ousarem desafiar os professores. Num colégio não é bem assim: existe um funcionário na escola (em geral um psicólogo de formação), apelidado de chefe da disciplina, cuja única função é gerir e ministrar os castigos apropriados para cada tipo de infracção. Num colégio, um aluno ser posto fora da aula torna-se um pesadelo para ele: o castigo pode variar entre um simples raspanete, passar por umas reguadas, ou culminar em algo de mais grave. Lembro-me que no meu colégio o castigo supremo (para reincidentes) era passarem o fim-de-semana na escola. Em vez de ficarem em casa a ver televisão ou a brincar, os alunos eram obrigados a apresentarem-se no colégio ao Sábado e Domingo para ficarem fechados numa sala de aula com um vigilante e eram obrigados a estudar! Regra geral, passar um único Sábado no colégio era suficiente para que o aluno mostrasse uma melhor conduta na sala de aula a partir daí.

- Regras: para ser chamado ao chefe de disciplina, não era preciso ser posto na rua pelo professor por estar a perturbar uma aula. Há um conjunto de regras pré-establecidas, que a serem infringidas levavam imediatamente a uma penalização. Faltas de material, não trazer os trabalhos de casa feitos ou levar o telemóvel ligado para as aulas são só alguns exemplos. Também nos recreios os alunos têm de cumprir as regras. Agredir ou roubar um colega pode ter como consequência perder um Sábado a estudar no colégio.

- Acompanhamento: outra grande diferença entre o oficial e o particular reside na ocupação dos tempos livres. No ensino público tinha aulas na parte da manhã ou da tarde, sendo o restante tempo ocupado como quisesse. No meu caso ia para casa e tinha actividades desportivas, mas havia muitos colegas meus que ocupavam o tempo livre na "vadiagem". No colégio entrava sempre às 8h e saia às 18h. Ia uma carrinha buscar-me a casa e outra deixar-me lá. As aulas acabavam sempre às 16h30 e até às 18h o tempo era ocupado numa sala de estudo, onde um vigilante nos obrigava a fazer os trabalhos de casa desse dia.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Arthur C. Clark (1917-2008)

O escritor e visionário britânico Arthur C. Clarke morreu hoje no Sri Lanka aos 90 anos, na sequência de complicações respiratórias. Ficou conhecido pelas suas ligações ao mundo da ficção científica e da exploração espacial. É considerado um dos responsáveis pela propagação da ideia dos satélites geoestacionários de comunicações, escreveu muitos artigos de divulgação científica e livros de ficção científica. Foi um dos principais comentadores televisivos americanos da era Apollo.

Mas foi muito mais do que isso. Tal como Júlio Verne, muitas das suas obras anteciparam realmente o futuro. Juntamente com Carl Sagan, Isaac Asimov e Frank Herbert (entre muitos outros), foram os seus livros que levaram muitos jovens a enveredar os seus estudos por áreas ligadas às engenharias, ciências e tecnologias.

A humanidade está de luto. Perdeu um dos seus poucos representantes que se podia considerar já ter feito a evolução a partir do macaco. Era uma espécie de guru para muitas pessoas, um escritor que faz sonhar que é possível construir um mundo melhor para todos, embora poucos tenham tido capacidade para entende-lo... assim como o monolito.

Uma das suas mais famosas frases está escrita em "Perfis do Futuro", um livro que escreveu em 1962: "Quando um distinto mas idoso cientista diz que algo é possível, está provavelmente certo. Quando diz que algo é impossível, está provavelmente errado". Deixa ainda a Fundação Arthur C. Clarke, com o objectivo de estimular o uso da ciência para melhorar a qualidade de vida das pessoas, bem como fomentar a divulgação científica por forma a que todos possam compreender e participar na evolução da humanidade.

Obrigado Arthur.

domingo, 16 de março de 2008

Violência no Tibete

O Tibete foi integrado politicamente na República Popular da China em 1951, pouco depois de os Comunistas liderados por Mao Tse-tung terem ganho a guerra civil contra o exército de Chiang Kai-shek (líder do Kuomintang). Desde então que o governo tibetano no exílio, liderado pelo conhecido Dalai-Lama, reclama o regresso da auto-determinação para o seu povo. Uma situação que se repete infelizmente por vários locais do mundo, tendo nalguns tido desfecho positivo, como Timor-Leste, e noutros impasses permanentes. Mais curioso será talvez fazer uma análise dos locais onde conflitos idênticos tiveram sortes diferentes: trata-se frequentemente de locais sob influência de potências de expressão menor (como por exemplo a Sérvia, a Indonésia ou o Iraque, nos casos do Kosovo, Timor-Leste e Kuwait respectivamente) onde existe um crescente interesse na independência por parte de uma potência de expressão maior (casos dos EUA e da Austrália, nos exemplos anteriores). Para grande azar do Tibete, a potência colonizadora é tão somente a China e como tal está posta de parte qualquer intervenção militar externa para a sua libertação. Talvez o Macaco Curioso se engane, mas enquanto a China não se tornar uma democracia moderna nunca o povo do Tibete poderá aspirar a qualquer tipo de liberdade. Um governo que suprime uma revolta estudantil com um banho de sangue em plena praça principal da capital do país e aos olhos das televisões de todo o mundo, não terá certamente o mínimo dos remorsos em fazer o mesmo aos pacíficos monges budistas do Tibete. Que o governo chinês não oiça todos aqueles que discordam da sua política, é um traço comum a todos os regimes mono-partidários (quer sejam de esquerda ou direita). O que é inconcebível é que organizações internacionais como a ONU assistam a estas e outras poucas vergonhas sem nada fazerem. Até o nosso cantinho à beira-mar plantado se recusa a receber oficialmente o Dalai-Lama com receio de que os interesses económicos dos portugueses possam ser lesados. Então e os interesses dos tibetanos, ninguém se importa com eles? Se a China nos integrasse pela força dentro do seu império e os nossos representantes não fossem recebidos no estrangeiro, que esperanças teríamos? O que pensámos nós do Papa João Paulo II, quando visitou Timor-Leste vindo da Indonésia e não beijou o solo como era hábito fazer sempre que visitava um novo estado? E que dizer dos EUA que invadem o Iraque ou a Sérvia para libertar o Kuwait e o Kosovo, mas nada fazem em relação ao Tibete ou à Tchechénia? Somos um mundo de hipócritas onde vale tudo, inclusivamente tirar olhos. Tal como os macacos, pomos as nossas pretensões territoriais à frente da liberdade dos povos que aí vivem. Auto-nos denominamos civilizados, mas lá no fundo queremos sempre mais poder e poder, e só sustemos a nossa ambição quando atacar o poder do nosso vizinho pode ter como consequência a perda do nosso poder já adquirido. Lá no fundo, dentro de todo o líder político existe uma secreta ambição de líder tribal, que quer ser o dono do mundo inteiro. Só assim o seu ego fica totalmente satisfeito com a ilusão de que é Deus na Terra. Mesmo que a restante humanidade lhe tenha um ódio de morte, só interessa a vaidade pessoal. Se o povo não está consigo a bem, então reprime-se qualquer manifestação de descontentamento com a maior das violências, para se dar o exemplo, para que os outros tenham medo e não ousem manifestar-se. Mas uma repressão violenta é sempre um sinal de fraqueza. É o último dos argumentos quando falha o diálogo. Pode adiar o inevitável, mas ajuda a cimentar o ódio contra o ordenador da repressão.

sábado, 15 de março de 2008

SOS d'un terrien en détresse

"SOS de um terrestre em desespero" é o título de uma canção interpretada por Daniel Balavoine para a ópera moderna "Starmania", composta por Michel Berger. Michel Berger (1947-1992) foi um dos maiores génios da música francesa do século passado, compondo músicas para diversos artistas, entre eles a sua mulher, a conhecida cantora France Gall. Infelizmente, Berger desapareceu prematuramente depois de sofrer um ataque cardiaco quando tinha apenas 44 anos.

Daniel Balavoine (1952-1986) era cantor e activista político, foi um artista irreverente que animou a vida política francesa durante as décadas de 70 e 80. Em 1980 ficou célebre um debate em directo durante o Telejornal, onde Daniel acusa o então Presidente da República, François Mitterrand, de ser um hipócrita e de o deixar a falar sozinho [ver debate][ver retrospectiva]. Desapareceu igualmente prematuramente num acidente de helicóptero, quando andava a ajudar a abrir poços de água no Mali durante o Paris-Dakkar. Tinha 33 anos... São também várias as músicas de Balavoine de grande qualidade, mas hoje destaco esta que encarna bem a angustia de quem vive os tempos modernos.

SOS d'un terrien en détresse, Daniel Balavoine.

Juntamente com a versão original de Balavoine junto ainda uma excelente interpretação do jovem cantor Grégory Lemarchal, durante o concurso televisivo "Academia de Estrelas 2004", versão Francesa. Grégory Lemarchal (1983-2007) tal como Berger e Balavoine viria a desaparecer muito cedo, pouco antes de fazer 24 anos, em resultado de uma doença crónica degenerativa, faz um ano no próximo dia 30 de Abril. Aqui fica então a homenagem merecida a estes três artistas.

SOS d'un terrien en détresse, Grégory Lemarchal.

Para quem não domina o francês, junto a tradução aproximada da letra desta excelente canção:

"Porque será que vivo, porque será que morro?
Porque será que rio, porque será que choro?
Eis aqui o S.O.S.,
De um terrestre em desespero.

Nunca tive os pés bem assentes na Terra,
Gostaria mais de ter sido um pássaro,
Sinto-me mal na minha pele.

Queria ver o mundo ao contrário,
Se por ventura fosse mais bonito,
Mais bonito visto do alto [de cima],
Do alto [de cima].

Sempre confundi a vida,
Com as bandas desenhadas,
Tenho como que desejos de metamorfose,
Sinto alguma coisa,
Que me atrai,
Que me atrai,
Que me atrai para o alto [para cima].

Na grande lotaria do Universo,
Saiu-me um número errado,
Sinto-me mal na minha pele.

Não tenho vontade de ser um robô,
Metro, Trabalho, Dormir(*1).

Porque será que vivo, porque será que morro?
Porque será que rio, porque será que choro?
Acredito captar ondas,
Vindas de um outro mundo...

Nunca tive os pés bem assentes na Terra,
Gostaria mais de ter sido um pássaro,
Sinto-me mal na minha pele.

Queria ver o mundo ao contrário,
Gostaria mais de ter sido um pássaro,
Dorme, bebé, dorme...(*2).

(*1) N.T.: Do original em francês "Metro, boulot, dôdo", que é uma expressão idiomática aplicada aos parisienses, por passarem sempre a vida a correr entre casa e o trabalho com o metro pelo meio. Significa que a vida dos parisienses se resume a essa monotonia e que passa por eles como se fossem robots.

(*2) N.T.: Do original em francês "Dodo, l'enfant, do", que é uma expressão muito utilizada nas canções de embalar para crianças. As canções de embalar terminam geralmente por esta expressão, donde se depreende que Michel Berger transforma esta letra num sonho para as crianças "adultas" tentarem dormir tranquilas... :-)

quinta-feira, 13 de março de 2008

Nem os mais moralistas resistem ao poder da carne...

Ashley Youmans, mais conhecida por Ashley Alexandra Dupré. Esta é a mulher que custou o cargo ao governador de Nova Iorque, Eliot Spitzer. A fotografia foi retirada do seu perfil no MySpace, onde descreve a sua infância infeliz e o seu consumo de drogas, depois de abandonar o lar precocemente e rumar a Nova Iorque para fazer carreira na música. Acabou por se envolver numa rede de prostituição de luxo e os seus serviços custaram ontem a renúncia ao moralista Spitzer. Eliot torcidou adversarios com uma classe invejável, resistiu a todas as investidas dos muitos inimigos que angariou e acabou por ser apanhado da mesma forma que um cão, pelo cio.

Conclusão: somos um mundo de macacos governado por pseudo-moralistas. Mais vale assumir de uma vez que somos realmente macacos e comportarmo-nos em conformidade!

quarta-feira, 5 de março de 2008

Continuem a votar neles...

Mas será que ainda há alguém que acredite nas palavras de Telmo Correia? Mas alguém estava à espera que este senhor confessasse o que quer que fosse? Só podia desmentir obviamente, ele e a pandilha que compõe a classe política nos dias de hoje. Telmo Correia até pode estar inocente, mas já ninguém acredita. Será que algum dia vamos ter o prazer de ver um corrupto atrás das grades?...