O macaco curioso não deixa de ficar pasmado com o facto de Portugal ser cada vez menos auto-suficiente em matéria de alimentação, algo de tão sensível para a sobrevivência de um povo, sobretudo cereais! Desde a entrada para a CEE e em particular durante os tempos de governação de Cavaco Silva, esse iluminado que "raramente tem dúvidas e nunca se engana", que Portugal baixou as calcinhas à França e à Alemanha (que o apelidaram de "bom aluno") e se dedicou à destruição do sector primário. A troco de quê? A troco de fundos estruturais que em vez de investidos na modernização do sector foram gastos naquelas futilidades que os comuns dos macacos tanto gostam, tipo carroças motorizadas ou macacas.
Para os mais desatentos, comida = energia, e a energia é que põe o mundo (macacos incluídos) a mexer. Se um povo não consegue ser auto-suficiente energicamente, terá sempre a sua autonomia hipotecada. Qualquer país tem obrigação de assegurar as necessidades básicas de subsistência da sua população, acima de qualquer outra prioridade. Basta que venha uma crise qualquer e que os vizinhos fornecedores tenham de parar a exportação por qualquer razão, para atravessarmos um período de fome. De nada serve produzir tecnologias de ponta ou produtos de segunda necessidade se a economia global for afectada. Primeiro come-se, só depois é que se pensa no lazer...
quinta-feira, 22 de julho de 2010
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